17 fevereiro 2004

Socio(b)logia - VIII: La organización, la llave del suceso

Recebi há dias, por e-mail, uma chapa com uma legenda bem humorada: um grupo de jovens sem-abrigo, ou simplesmente desempregados, ou simplesmente marginais, ou simplesmente músicos à procura de um lugar na orquestra dos bem-aventurados, tocam, bebem e pedem uns trocos numa calle de uma qualquer cidade espanhola... A seus pés quatro ou cinco caixas de sapatos com letreiros bem visíveis: "Para vino, "para comida, "para porro", "para cocaína"...

Mandei a imagem para o meu grupo de cibermig@s do humor-com-humor- se-paga e a seguinte nota (de despesa):

(i) Agora que a Espanha está na moda (vejam-se os grandes de Portugal a prestar vassalagem ao nosso Grande Irmão Ibérico e os nossos melhores gestores a alugarem a sua massa cinzenta aos empresários castelhanos, galegos, catalães, andaluzes e bascos), é também altura de tentar descobrir qual é a chave do seu (deles) sucesso...

(ii) Um povo que não trabalha (veja-se o número de sem-abrigo, mendigos, cegos, desempregados, marginais, dançarinos, funcionários autonómicos, toureiros, aficionados das touradas e da bola, mulheres, ninos, turistas, artistas, catoonistas, cartomantes, etc, que se concentram nas plazas mayores de Espanha) mas que é já um casestudy mundial na área do sucesso, da felicidade e da auto-estima colectiva...

(iii) Pois o segredo, car@s ciberamig@s, está na organização! Até os contestatários (ou simplesmente os que se posicionam fora) do sistema têm a sua contra-organização! Até para pedir esmola na rua, em Espanha, é preciso ter know-how, organização, competências em gestão... Veja-se o caso da ONCE: uma máquina de fazer dinheiro, uma história de sucesso com 65 anos!

(iv) Em boa verdade, cego é o Zé Portuga ou o cão que o guia!

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